Vyttra Diagnósticos lança o Proxima IaX: analisador inteligente para leitura de exames em farmácias, clínicas e laboratórios
Leve e compacto, o produto é compatível para a leitura de uma grande gama de parâmetros diagnósticos e se destaca…
A Vyttra, quinta maior empresa de testes de diagnóstico do país, sendo a maior de capital nacional, já está pronta para atender à demanda de autotestes de Covid, cujas vendas foram liberadas pela Anvisa nesta sexta-feira. A empresa opera em capacidade máxima desde o início da onda da variante Ômicron, e está preparada para produzir 500 mil autotestes de Covid por semana.
Esse volume equivale ao que foi produzido de testes rápidos de antígeno por mês ao longo do ano passado, quando a demanda por testagem parecia ter se normalizado.
Os dois testes são idênticos. A diferença está na apresentação, com kits individuais no caso do autoteste e uma apresentação didática com o passo a passo para a realização do exame em casa. A empresa já está produzindo um vídeo para auxiliar o consumidor e que poderá ser acessado por meio de um QR Code.
A rápida disseminação da Ômicron fez a demanda por testes disparar neste início do ano. Só na semana de 17 a 23 de janeiro, segundo a Abrafarma, foram comercializados 740 mil testes rápidos, um recorde desde o início da pandemia.
No total, desde março de 2020, já foram realizados 14,61 milhões de testes só nas farmácias. Os fabricantes relutam em fazer previsões de demanda para o autoteste, mas com a taxa de contágio no pico de toda a pandemia — o RT está em 1,78 com cada 100 pessoas contaminando 178 — a expectativa é que as vendas sigam aquecidas pelo menos até março ou abril.
A Vyttra vendeu 1,5 milhão de testes rápidos em janeiro. A depender da demanda pelo autoteste, a empresa poderá complementar a capacidade de produção adquirindo o produto importado e adaptando a embalagem. Mas a empresa não descarta a possibilidade de ampliar a capacidade adquirindo máquinas automatizadas a depender da extensão da onda de contaminação.
— O autoteste é conveniente para a população e é importante para quebrar a cadeia de transmissão. Claro que como fabricante vamos defender a sua liberação. Mas como estamos vendo em outros países, este é um instrumento importante para a gestão da pandemia — diz Rubens Freitas, CEO da Vyttra, que se associou à empresa em abril do ano passado, depois de 16 anos trabalhando como gestor de private equity na GP Investimentos.
Especializada em exames de diagnóstico in vitro — que são todos aqueles feitos a partir da coleta de sangue, urina, cabelo, mucosa — a Vyttra é hoje a maior empresa nacional de um setor que é dominado por multinacionais que mais importam e distribuem do que produzem localmente.
A empresa surgiu a partir de uma consolidação do setor no Brasil promovida pelo tradicional fundo criado pela família Rockefeller, o Venrock. Com forte atuação na área de saúde, o fundo adquiriu quatro empresas familiares de exames laboratoriais, mas já tinha feito a sua saída do negócio quando os sócios remanescentes convidaram Freitas para se juntar ao time.
Freitas pegou uma empresa que triplicou de tamanho na pandemia, saindo de R$ 100 milhões de faturamento em 2019, para R$ 300 milhões no ano seguinte, número que foi fortemente influenciado pelas vendas de testes rápidos de Covid-19.
Seu desafio é fazer a empresa crescer e ganhar mercado reduzindo a dependência de uma pandemia que, em algum momento, assim se espera, deverá arrefecer. No ano passado, a empresa conseguiu manter o faturamento em R$ 300 milhões mesmo com uma queda na demanda pelos testes rápidos de Covid — que representaram 23% das vendas.
O planejamento para 2022 ia na mesma linha, mas com a rápida disseminação da cepa Ômicron e a liberação das vendas de autoteste, as vendas devem disparar.
— Chegamos num momento em que paramos de projetar crescimento, mas certamente vai ser substancialmente maior. Não esperávamos por essa nova onda — diz Freitas, que tem a ambição de fazer o negócio crescer “5 a 10 vezes” pelo próximos 5 anos.
Um IPO até está no radar. — Mas se acontecer, não será um fim em si para sairmos do negócio. A gente está aqui para perpetuar — diz Freitas, engenheiro de formação pelo ITA que não esconde seu entusiasmo de ter trocado o rentismo pelo mundo da produção. Em seu perfil no Linkedin, o CEO Vyttra se apresenta como alguém que está “se divertindo, com paixão e propósito”.
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